Alma Iraquiana!
Grande demonstração de raça dos pupilos de Brito que, a perder por 2x0 a 10 minutos do fim, ainda foram buscar forças para chegar ao empate e somar 1 ponto que acaba por ser importante, já que desta forma não deixaram fugir um dos seus rivais diretos na luta pela subida.
Motivados pelo triunfo na última jornada, os Anonymous entraram em campo confiantes e não podiam ter tido melhor início de jogo. Afonso Coimbra, com um fantástico passe longo, isolou Paulo Couceiro pela esquerda com este a ainda permitir uma primeira enorme defesa a Carlos mas a ter alguma sorte no ressalto e a ficar com o esférico à mercê para encostar para a baliza deserta. Estava feito o 1x0 ainda numa fase madrugadora do encontro! Coimbra surgia endiabrado nestes primeiros minutos e pouco depois o próprio esteve perto de aumentar a contagem, mas a trave da baliza de Carlos negou-lhe as intenções num disparo forte à entrada da área.
O Iraque Unita equilibrou as forças após o maior domínio anónimo e o jogo entrou numa fase mais morna, já que apesar dos iraquianos subirem no terreno e tentarem reagir, faziam-no mais com o coração do que com a cabeça, pelo que neste período se verificava um duelo de muita luta mas com perdas de bola constantes e alguns passes transviados de parte a parte. Ainda assim os Anonymous conseguiram sobrepor-se e mesmo em cima do intervalo chegariam ao segundo. Variação rápida do centro de jogo a permitir a Rodrigo (estrangeiro) explorar o 1 para 1 na esquerda, com o ala a ganhar a linha de fundo na velocidade e a cruzar rasteiro para a boca da baliza onde surgiu Francisco Duque a encostar sem dificuldade para o fundo das redes e a dar maior volume à vantagem da sua equipa ao fim dos primeiros 25 minutos.
A palestra de Francisco Brito ao intervalo parecia trazer uma equipa mais intensa para o segundo tempo, a colocar em campo a famosa “raça iraquiana” em busca de fazer um golo que permitisse relançar a partida. Em todo o caso, os Anonymous estavam bem organizados defensivamente neste segundo tempo e iam complicando a tarefa ao Iraque Unita, que apesar de se instalar no meio-campo contrário não ia conseguindo criar situações claras de golo.
Perante tal dificuldade, os iraquianos tiveram na bola parada um bom recurso e criaram perigo num lance que se revelaria como o ponto de viragem na partida, ao disporem de um livre direto no limite da grande área. Apesar de não concretizar, Fayad obrigou Francisco Rocha a excelente defesa, colocando o adversário em sentido e dando ímpeto à sua equipa, que logo de seguida chegaria mesmo ao golo. Lançamento lateral para o interior da área, com João Pinto a aproveitar a sobra para encher o pé e reduzir para a margem mínima quando já se jogavam os 10 minutos finais no 1º de Maio.
A toada manteve-se, com Brito a comandar as suas tropas em direção à baliza de Francisco e em cima do apito final haveria tempo para o golpe de teatro protagonizado por Parreira (estrangeiro) que, assistido por Gregg num passe largo para a zona do segundo poste, colocou a redondinha no fundo das redes e ditou a divisão de pontos no Inatel!
Empate por certo saboroso para o Iraque Unita que assim impede a fuga do adversário na tabela classificativa, enquanto os Anonymous vão para casa com a sensação que podiam ter feito mais para segurar a vantagem de dois golos.
por Gonçalo Custódio