Vida nova para o Real!
Depois do triunfo no início da semana, o Real Madeira voltou a mostrar um sinal claro de força ao bater outra das equipas do pelotão da frente. Desta feita perante os poderosos Hammers, a equipa madeirense somou mais 3 pontos cruciais que, juntando às duas vitórias por desistência do Tettonham, a levam para os 16 na tabela e a deixam a apenas 1 ponto de um lugar acima da linha de água.
Os primeiros minutos trouxeram um jogo equilibrado, com as duas equipas a dividirem a posse de bola, mas a jogarem pela certa e com algumas cautelas. Nesta altura os espaços concedidos eram escassos de parte a parte e o encontro apenas seria desbloqueado através de um livre direto no limite da grande área, com Jaças a encarregar-se da marcação e a inaugurar o marcador com uma bomba indefensável para João Andrade!
Ainda assim a vantagem durou pouco tempo, com o Real a empatar pouco depois por intermédio de Coelho, que aproveitou uma bola bombeada por João Aguiar para as costas da defensiva londrina e, já com pouco ângulo de remate, conseguiu colocar o esférico no interior das redes à guarda de Martim.
Os Hammers reagiram de imediato e balancearam-se no ataque, subindo as linhas e sendo mais pressionantes sobre a linha defensiva madeirense. Não demorou até surgir a oportunidade de ouro para os londrinos retomarem a liderança do marcador, fruto da falta assinalada sobre Jaças no interior da área do Real. No entanto, da marca do castigo máximo, Justo fez o que não é costume e desperdiçou, rematando pouco colocado e permitindo a defesa a Andrade! Depois foi Henrique Gomes Pereira (estrangeiro) a tentar contornar a organização defensiva do adversário com um remate de meia distância, rasteiro e traiçoeiro, que obrigou o guardião madeirense a aplicar-se para desviar para canto.
Os martelos continuavam a carregar nesta fase, claramente por cima nos últimos minutos da primeira parte, com Jaças a ser um dos mais interventivos do ataque londrino. O médio ficou mesmo pertíssimo de bisar em cima do intervalo, com mais um míssil do meio da rua, mas com grande infelicidade viu o esférico bater na face interior do poste da baliza de Andrade e passar caprichosamente sobre a linha de golo! Chegava assim o intervalo, com o Real a conseguir aguentar a pressão londrina e a segurar o empate ao fim dos primeiros 25 minutos.
O início da segunda parte contudo seria bem diferente, com o Real Madeira a acertar as estratégias e, com uma entrada a todo o gás, a conseguir saltar para a frente do marcador. Depois de uma paciente troca de bola em zona defensiva, esperando pela abertura dos espaços, João Aguiar desmontou toda a organização inglesa com uma arrancada individual pela direita, isolando depois o seu irmão André Aguiar (estrangeiro) com um excelente passe entre os defesas contrários. O avançado por sua vez não tremeu e com uma finalização de primeira desviou de Martim para aquela que era a reviravolta no marcador! O 1x3 chegou logo de seguida, com João Aguiar novamente na origem da jogada ao picar a bola para as costas da defesa e Coelho, muito oportuno, a aproveitar o corte defeituoso de Alpalhão (estrangeiro) para com o primeiro toque tirar Martim da equação e atirar para a baliza deserta.
Em vantagem, os madeirenses juntaram ainda mais as suas linhas no próprio meio-campo, adotando claramente uma estratégia mais defensiva e de expectativa para depois explorarem as costas da defensiva londrina. Os Hammers, por sua vez, mostravam alguma dificuldade para desmontar o bloco madeirense e encontrar espaços para levar perigo à baliza de Andrade.
De bola parada foram novamente os insulares a ameaçar, com Manica a levantar para a área e Santana a desviar de cabeça a centímetros do poste. Do outro lado Jaças respondeu na mesma moeda, com mais um livre direto batido em força, mas desta feita a sair “à figura” do guarda-redes, que conseguiu defender a dois tempos.
Os Hammers mantiveram-se instalados no meio-campo madeirense até ao final e nos últimos instantes ainda conseguiram colocar o resultado na margem mínima, fruto de um remate cruzado de Jaças, bem longe da baliza, no qual Andrade pareceu não ver partir a bola. Contudo, apesar da enorme pressão junto área contrária, os martelos já não teriam tempo para voltar a criar perigo e chegar ao empate, confirmando-se assim um triunfo importantíssimo para o Real que soma duas vitórias consecutivas e aproxima-se dos lugares de manutenção.
por Gonçalo Custódio