Empate arrancado a ferros
Num jogo disputadíssimo de parte a parte, o equilíbrio foi nota dominante durante os 50 minutos, o que se acabou por traduzir numa igualdade a 1 bola. O Tio Isaltino até esteve a vencer durante quase toda a segunda parte, mas deixou escapar a vantagem já nos últimos 5 minutos, vendo a garra dos ingleses ser recompensada com 1 ponto nos instantes finais.
Dadas as próprias características das equipas, o jogo começou como se esperava com enorme intensidade de parte a parte e os primeiros minutos foram animados. Do lado da turma de Oeiras, uma grande jogada de Miguel Sousa pela esquerda culminou num remate de Henrique Karas de meia distância que obrigou o guarda-redes improvisado Lourenço Douwens a uma excelente defesa para canto.
Na área oposta, José Nascimento no seu estilho batalhador trabalhou bem sobre os defesas e tentou a finalização descaído para a esquerda, mas Lourenço (estrangeiro) mostrou-se também ele à altura e travou o remate do avançado. Minutos depois foi a vez do seu companheiro de ataque Duarte Madeira conseguir furar pela área e colocar à prova o guarda-redes, mas este voltou a levar a melhor sobre os avançados ingleses.
O jogo estava muito equilibrado e disputado a meio-campo, pelo que não foi surpresa que apenas tenha sido desbloqueado com recurso à bola parada. Maia bateu um canto rasteiro para a entrada da área para um primeiro remate de Miguel Sousa, Douwens ainda conseguiu a defesa para a frente, mas na recarga surgiu Bernardo Oliveira sozinho a encostar no último suspiro da primeira parte e a fazer o golo que dava vantagem à sua equipa ao intervalo.
Tiago Sousa reuniu as tropas durante o descanso e a equipa inglesa entrou bem no segundo tempo. Henrique Teixeira Duarte, com o seu famoso pontapé canhão, obrigou Lourenço a defesa apertada, com o esférico a sobrar ainda para Angeja, que matou no peito e entrou na área em boa posição mas rematou ligeiramente por cima do travessão.
Depois do susto inicial, o Tio Isaltino estabilizou o seu jogo e nesta fase não concedia grandes ocasiões ao adversário. Miguel Morais até dispôs de uma excelente oportunidade para dilatar a vantagem ao surgir de rompante perante Douwens, mas não conseguiu desviar o suficiente na finalização de primeira e permitiu a defesa ao guarda-redes.
Os Liverpinos tinham que aumentar a pressão com o aproximar do apito final e deixaram um grande aviso do que estava para vir. Depois de uma jogada bem trabalhada pela equipa inglesa, Caldas tirou um adversário do caminho e ganhou uma nesga perfeita par o seu pé direito à entrada da área, mas o remate em arco saiu a escassos centímetros do poste.
Ainda assim o empate chegou mesmo à entrada para os últimos 5 minutos, com Tiago, assistido por Guilherme, a disparar o tiro certeiro do seu pé esquerdo e a colocar tudo igual no marcador quando já não havia muito tempo por jogar!
Até ao final ambas as equipas foram atrás de um golo que lhes desse o triunfo, mas o resultado não voltaria a sofrer qualquer alteração.
por Gonçalo Custódio