Futah em excesso de velocidade na Madeira
Uma entrada demolidora e a todo o gás decidiu bem cedo o encontro a favor da Futah, que na segunda parte só teve que gerir a margem confortável e ainda foi a tempo de dar maior robustez ao resultado.
Os adeptos presentes no 1º de Maio foram brindados com um início de loucos, com a Futah a trazes o trabalho de laboratório e a marcar por três vezes (!) nos primeiros 5 minutos na sequência de pontapés de canto. Primeiro, num lance estudado habitualmente utilizado pelos dromedários, Ricardo Ramos aproveitou o passe atrasado de Antoine para a entrada da área e uma primeira simulação de um companheiro para disferir um remate muito forte e bem colocado que não deu qualquer hipótese a Zeza e abriu as hostilidades no Inatel. Logo de seguida Antoine assumiu a cobrança novamente à direita do ataque tunisino mas desta feita levantou largo para o segundo poste, onde surgiu Edson com um excelente golpe de cabeça a dilatar a vantagem. A Futah ia mostrando uma panóplia de soluções na bola parada e depois foi a vez de chegarem ao golo num canto à maneira curta, com Braga a ver o seu primeiro remate esbarrar na defensiva madeirense, mas Riki a atirar cruzado na insistência e a fazer o segundo na conta pessoal. Que entrada estonteante da Futah, que deixava o adversário completamente atordoado com 3 golos de rajada!
Ainda assim o Real conseguiu recompor-se e dar passos em frente no terreno. Não tardou para que os azuis mostrassem igualmente o seu potencial ofensivo, com a resposta a surgir do pé esquerdo de João Pedro Ramos, que conseguiu enquadrar-se com a baliza em zona frontal a meio do meio-campo contrário e disparou uma autêntica bomba que depois de uma “carambola” no poste e nas costas do guarda-redes Bruno (estrangeiro) entrou mesmo no fundo das redes tunisinas.
Os madeirenses ganharam ímpeto e podiam ter relançado a partida instantes depois. Guilherme Castro deu um “nó” sensacional em Braga, que acabou por só o conseguir travar em falta no interior da área. No entanto, da marca do castigo máximo, Castro não conseguiu levar a melhor sobre Bruno, que se esticou todo junto ao relvado e impediu o golo com uma excelente intervenção! Defesa essa que se viria a revelar absolutamente decisiva já que logo de seguida a Futah acabou por passar do possível 2x3 para um 1x4. Antoine fugiu em profundidade pela direita e, depois de assistir por duas vezes, inscreveu desta feita o próprio nome na lista dos marcadores fruto de um remate forte de primeira, com o guarda-redes a ainda tocar no esférico mas a não conseguir alterar o seu destino final.
Depois de uma primeira metade de primeiro tempo completamente diabólica, o jogo acalmou um pouco, ainda que mantendo-se a enorme intensidade de parte a parte, mas sem surgirem novas ocasiões de perigo até ao intervalo.
A segunda parte começou com o Real Madeira a ir naturalmente atrás do prejuízo. Coelho dispôs da primeira grande oportunidade no interior da área e pouco depois João Ramos ainda obrigou Bruno a boa defesa a um remate de meia-distância, mas foi mesmo a Futah que voltou a marcar já para além dos 10 minutos. Jogada sensacional da turma liderada por Riki, a conseguir sair da pressão em zona defensiva com uma grande sequência de passes, culminada com uma tabela entre Froes e Antoine que deixou o primeiro com espaço para progredir pela ala esquerda, antes de entrar na área e rematar colocado fora do alcance de Zeza. Antoine que fazia aqui a sua terceira assistência no encontro e iria abrilhantar ainda mais a sua exibição momentos depois, ao bisar com um desvio certeiro a dar a melhor sequência a um cruzamento tenso de Pru da esquerda!
Com o avolumar do resultado a Futah não teve quaisquer dificuldades para gerir o encontro até final, regressando assim aos triunfos perante um conjunto do Real Madeira que ainda procura a melhor forma para largar a “lanterna-vermelha” da Divisão Allstars.
por Gonçalo Custódio