Serviços mínimos
Mesmo sem uma exibição de encher o olho, os Magos confirmaram o favoritismo ao bater a FDL pela margem mínima e entraram com o pé direito nesta edição da taça. Os azuis e brancos revelaram muitas dificuldades para criar situações de golo, mas o inevitável Inho surgiu a desbloquear a partida através do seu pontapé canhão na cobrança de um livre direto.
O encontro até começou de feição para os Magos, que logo a abrir se adiantaram no marcador. Aproveitando as várias ausências na turma de direito, que inclusivamente alinhava com o avançado Kapa (estrangeiro) como guarda-redes improvisado, os pupilos de Bernardo Gonçalves lançaram-se de pronto no ataque, com Gonçalo Fino a surgir em boa posição após passe de Juna e a ainda tirar um adversário do caminho antes de colocar a bola fora do alcance do guardião.
Ainda assim a FDL reagiu bem à adversidade e não tardou em restabelecer a igualdade por intermédio de Megre, que aproveitou uma cratera entre a defensiva adversária para entrar sozinho e finalizar de pé esquerdo bem junto ao poste da baliza à guarda de Francisco Rocha (estrangeiro).
Com tudo a voltar à estaca zero, a FDL acertou os seus posicionamentos em campo e equilibrou as forças no relvado do Inatel. Subtil dispôs de uma excelente ocasião para completar a reviravolta, após cruzamento de Rafael Almeida da esquerda, mas acabou por falhar o remate quando tinha tudo para marcar. Que perdida!
No que restou do primeiro tempo a toada manteve-se, com o equilíbrio a ser nota dominante e os Magos, apesar de algum ascendente na posse de bola, a não apresentarem ideias para chegar com perigo à baliza de Kapa.
A segunda metade trouxe um jogo semelhante e até foram os advogados a ter a primeira ocasião para marcar. No entanto Miguel Simões (estrangeiro) não aproveitou da melhor forma uma atrapalhação da defensiva azul e branca e, isolado, rematou fraco para as mãos de Francisco.
Contudo, quem tem Inho arrisca-se a chegar ao golo a qualquer momento e foi mesmo o que aconteceu. O camisola 10 assumiu a marcação de um livre direto para disparar uma bomba saída do seu pé esquerdo, com Kapa a ainda tocar no esférico mas a não ter argumentos para travar o pontapé. O golo que colocava novamente os Magos na frente soltou a equipa, que em poucos instantes iria ficar muito perto de dobrar a vantagem. Em nova bola parada, desta vez na sequência de um canto, Ramalho fez-se valer do seu poderio no jogo aéreo para subir mais alto que toda a gente na área e cabecear forte, valeu à FDL a excelente defesa de Kapa em contrapé a mostrar grandes reflexos.
Em todo o caso o 3x1 chegaria mesmo, já a meio da segunda parte, na forma de um autêntico golaço de Arantes, que aproveitou uma sobra à esquerda do ataque para na passada armar um pontapé fantástico de trivela que entrou junto ao poste mais distante e não deu qualquer hipótese ao guarda-redes. Que momento do jovem reforço dos Magos, que se estreava assim a marcar com a camisola azul e branca!
Com uma desvantagem mais alargada no marcador e apenas cerca de 15 minutos por jogar, a FDL tentou o tudo por tudo numa alteração, colocando o talento de Kapa ao seu dispor no ataque, sendo Megre o sacrificado para ocupar as redes. Mudança esta que viria mesmo a surtir efeito, ainda que tenha pecado por tardio. Já em cima do apito final, Kapa conseguiu mesmo fazer o gosto ao pé, mas o tempo escasseava para chegar ao empate e os Magos iriam mesmo conquistar os 3 pontos.
Vitória ainda assim justa para os Magos da Bola, que apesar da falta de brilhantismo cumpriram a obrigação, perante uma FDL que teve o mérito de mesmo com muitas ausências se revelar um osso duro de roer.
por Gonçalo Custódio