Iraque segue em frente
A experiência falou mais alto e Iraque derrotou o Paralympiakos por 2-1. Os gregos mostraram-se mais ativos e ameaçaram mais, mas assim que sofreram o golo da igualdade foram-se a baixo o Iraque soube aproveitar a ocasião, muito graças à entrega e sacrifício dos seus jogadores que souberam estar por baixo e reagir na altura certa.
A partida começou com o Paralympiakos a entrar mais forte e chegar à vantagem nos minutos iniciais: Afonso Coimbra pega na bola à entrada da área, ajeita para o melhor pé e dispara para uma grande defesa do guardião. No entanto, a bola fica jogável e Tiago Pereira aparece com enorme faro de golo a finalizar para longe do guardião. A resposta do Iraque veio de imediato e Brito fica perto de igualar após uma boa jogada individual, mas o remate não sai com a direção desejada e vai à malha lateral. Os gregos não tremeram e voltaram a criar perigo. Primeiro foi Diogo Dinis a tentar a sua sorte com um remate de meia distancia que o guarda-redes defendeu com grande estilo. De seguida, Coimbra com um remate rasteiro obriga o guardião iraquiano a nova intervenção. Com o passar do tempo o jogo abrandou o ritmo e não surgiu mais nenhum lance de destaque até ao descanso.
O encontro recomeçou com o mesmo ritmo e as oportunidades tardaram a surgir. Por fim, o Paralympiakos quis quebrar a monotonia e deteve duas oportunidades: Primeiro aviso foi de Zé Neves, que progride com a bola e dispara uma bomba com selo de golo e direção ao ângulo, mas o guardião voa para uma defesa espetacular e deixa a equipa adversaria incrédula. Depois é Salvador, ao receber na esquerda, a testar os reflexos do keeper contrário que se sai bem e defende com os pés. O Iraque aguentou a carga e esperou pacientemente pela sua oportunidade para chegar à igualdade: Zé Neves, numa receção nada característica do craque, deixa escapar a bola para Frojaz que arranca para a área adversária e não perdoa frente ao guardião. O Iraque usou a sua experiência e esperou que os gregos a acusassem o golo para ferir ainda mais o adversário com o segundo: Forjaz recebe na direita, vê a entrada de Tiago Mealha e oferece com peso e medida para o avançado faturar.
Com a partida a caminhar para os minutos finais os gregos começaram a correr atrás de prejuízo e encostaram o Iraque ao seu meio campo. Rufus teve o golo nos pés, mas Mata salta para nova grande parada, acabando por se lesionar. Depois Dinis cabeceia por cima da baliza onde o guardião ainda iria registar duas boas intervenções. O Paralympiakos acabou por não conseguir furar a coesa defesa do Iraque que acaba encostado à sua área, mas com um contra-ataque bem montado que deixou o jogo aceso até ao último segundo, acabando por passar à próxima fase na Champions.
Crónica de Rafael Monteiro
por Organização Allstars