Tettonham e Iraque Unita disputam uma partida que pareceram duas. Antes e depois do intervalo, o jogo mudou totalmente de figura
O jogo de segunda-feira no INATEL, entre Tettonham e Iraque Unita, ficou marcado pela diferença abismal da primeira para a segunda parte.
Muito se poderá dizer sobre a razão para tamanha diferença. Se por um lado, a primeira parte foi de conhecimento mútuo, com um jogo predominante no meio-campo, a segunda, por outro lado, foi um festival de golos. O rigor táctico da primeira parte (aliada a alguma timidez no futebol praticado pelas duas equipas) deu lugar a um futebol de alma mas sem cabeça, como no futebol de rua.
Assim, o intervalo chegou e a história a contar era pouca. As oportunidades eram escassas e nunca evidentes, e o baixo ritmo a que se disputou a primeira parte contribuiu para que ao intervalo o marcador assinalasse o 0-0.
Contudo, o segundo tempo foi diametralmente oposto. A abrir, um livre no flanco direito do ataque dos Tettonham foi o momento dos primeiros festejos. Piki cruzou rasteiro para Francisco Duarte tentar o desvio. Porém, a antecipação de Tiago Mealha foi infeliz e o desvio do defesa só parou no fundo das redes. O 1-0 estava feito e nó desatado. De seguida, e após uma desatenção da defesa dos Iraque, André Rosa não perdoou e encostou para o 2-0. Os Iraque procuravam reagir mas os lances não eram pensados com clareza e eram os Tettonham que se aproximavam do golo. Novamente André Rosa faz o golo após um remate à queima roupa.
Após a marcação de um livre, os Iraque procuravam reduzir, mas Ferrão não chegou à bola, que havia sido cortada por Francisco Duarte. Mais uma vez, os Tettonham aproximam-se do golo por Henrique Gomes Pereira – ele que viria a marcar – mas Tiago Espada parou com a ponta do pé direito, numa defesa que fez lembrar o andebol.
Após mais uma desatenção da defesa do Iraque, Henrique atira para o 4-0 e o vencedor estava já encontrado, ficando a faltar saber qual o resultado final. Os Iraque aumentaram a qualidade do seu futebol mais para o fim da partida e aproximaram-se com mais qualidade da baliza adversária. Ferrão voltou a estar perto do golo num canto, mas logo depois comprometeu ao tentar fintar na sua própria área. A bola sobrou para André Rosa que assinou um hat-trick com um chapéu de execução perfeita!
A partida terminaria já depois de Zé Forjaz inscrever o seu nome na ficha de jogo, marcando o golo de honra dos Iraque.
por José Miranda