Caiado Guerreiro e Uría Menéndez protagonizam duelo de loucos num empate a três!
Num embate cheio de reviravoltas e emoção até ao último suspiro, Caiado Guerreiro e Uría Menéndez assinaram um vibrante empate a três bolas, num jogo onde a intensidade foi aumentando com o passar dos minutos e onde a incerteza do resultado se manteve até ao apito final.
A partida começou de forma algo morna, com ambas as equipas a tentarem encontrar espaços através de passes em ruptura, mas sem criar verdadeiro perigo. Foi preciso esperar por uma combinação de classe para se ver o primeiro golo da noite: Rodrigo Sousa Coutinho a descodificar a defesa contrária com um passe magistral, isolando Tomás Antunes, que de forma clínica finalizou sem cerimónias para o 1-0, colocando a Uría Menéndez na frente com justiça. A resposta da Caiado Guerreiro só surgiria perto do intervalo, mas foi uma jogada de excelência. Tomás Melo Ribeiro arrancou com potência desde o meio campo e, após furar entre adversários, assistiu Diogo Oliveira que, frente ao guardião, não perdoou e colocou a bola colocada para o empate. No entanto, o golo da noite viria logo a seguir, num momento improvável e de execução quase acrobática. Luís Januário aproveitou um livre batido para a área e, a meias com as costas e a nuca, desviou a bola para o ângulo superior da baliza, surpreendendo tudo e todos e colocando novamente a Uría Menéndez em vantagem antes do intervalo.
A segunda parte trouxe um jogo mais travado, com poucas incursões perigosas e muito rigor tático a meio campo. A Caiado Guerreiro só voltou a ameaçar já perto do fim, quando Cláudio Vancea, ao segundo poste, desperdiçou uma grande oportunidade ao rematar por cima com a bola ainda no ar. Mas o mesmo Cláudio Vancea não desistiu e, pouco depois, disparou de longa distância num autêntico míssil que apanhou o guardião desprevenido, restabelecendo o empate com um golo de levantar o estádio. O jogo parecia encaminhar-se para o empate, mas Tomás Antunes, já com um golo no bolso, voltou a brilhar ao responder com uma bicicleta sensacional na pequena área, colocando novamente a Uría Menéndez em vantagem e a sonhar com a vitória. Contudo, o destino guardava mais drama para o final: já nos descontos, um erro defensivo infantil resultou num penálti a favor da Caiado Guerreiro. Cláudio Vancea, herói improvável, não tremeu da marca dos onze metros e selou o 3-3 final com um remate frio, rasteiro, enganando o guarda-redes e garantindo um ponto num jogo que teve de tudo.
Um verdadeiro épico jurídico dentro das quatro linhas, com momentos de pura classe, erros cruéis e emoção do primeiro ao último minuto.
por Rodrigo Nunes
por Miguel Sousa