Unita Iraque segue em frente nas grandes penalidades após empate épico frente ao AZ Alto-Mar
Em mais um jogo eletrizante da Taça, Unita Iraque e AZ Alto-Mar protagonizaram uma verdadeira montanha-russa de emoções. Numa partida disputadíssima, cheia de reviravoltas, golos e intensidade, o empate a três bolas levou a decisão para as grandes penalidades, onde o Iraque mostrou mais frieza e carimbou a passagem à próxima fase.
A primeira parte foi equilibrada, com ambas as equipas a tentarem impor o seu jogo, mas a pecarem no momento da finalização. O Iraque foi o primeiro a criar perigo, com Benjamim Freitas a desperdiçar uma boa oportunidade após uma excelente combinação ofensiva. No entanto, o mesmo Benjamim não perdoou na jogada seguinte, após um erro defensivo do AZ, o avançado mostrou toda a sua classe e finalizou com calma para fazer o 1-0. O AZ Alto-Mar tentava responder e, já perto do intervalo, Tomás de Carvalho Fonseca testou o seu pé direito num livre direto, mas o remate saiu ligeiramente por cima.
Na segunda parte, o jogo ganhou outra vida. O AZ Alto-Mar entrou determinado e chegou rapidamente ao empate 1-1. Num canto mal aliviado pela defesa do Unita, José Ribeiro da Cunha apareceu no momento certo para empatar a partida. O golo embalou os visitantes, que pouco depois consumaram a reviravolta — numa jogada envolvente e de grande qualidade coletiva, José Ribeiro da Cunha voltou a estar no sítio certo para bisar e colocar o AZ em vantagem por 2-1. O domínio parecia total e o terceiro podia ter chegado em lances de Pedro Nobre e José Diogo Rato, que falharam por muito pouco. Mas o Unita Iraque não baixou os braços e mostrou o porquê de ser uma equipa de raça. Benjamim Freitas, em noite inspirada, fez uma assistência deliciosa de trivela para Diogo Caleiro, que encostou para o 2-2. Contudo, o AZ respondeu de imediato com um golaço de Pedro Nobre, que recolocou a sua equipa na frente. O jogo parecia sentenciado, mas o Unita voltou a acreditar e, já no último suspiro, Benjamim Freitas — o homem do jogo — apareceu dentro da área para disparar de pé esquerdo e restabelecer o empate a três golos, num final absolutamente frenético.
Nas grandes penalidades, a calma e a frieza do Unita Iraque falaram mais alto. A equipa converteu duas das oportunidades e, com o último penálti assinado por Tomás Anselmo, garantiu o triunfo por 2-0. Um jogo memorável, digno da Taça, onde o Unita Iraque mostrou coração, coragem e eficácia nos momentos decisivos.
por Rodrigo Nunes