Apesar da magia de Rodrigo Oliveira, Reformados não vão além do empate e perdem os lugares de topo da Liga C2!
Na Liga C2, o terceiro classificado Reformados recebia os lanterna vermalha Gullit, num duelo com impacto direto na luta pelo topo e pela sobrevivência. O jogo foi intenso, com emoção de ambos os lados, mas acabou por ser decidido pelo talento e frieza de Rodrigo Oliveira, a grande figura da partida.
O encontro começou com os Reformados por cima e logo cedo Gonçalo Prata testou de longe, com um disparo perigoso que passou perto da baliza de Carlos Saraiva. Pouco depois, apareceu a primeira grande oportunidade: penálti a favor dos Reformados, após falta de Duarte Canhoto sobre Tomás Lemos dentro da área. Chamado à responsabilidade, Rodrigo Oliveira não perdoou e fez o 1-0. Os holandeses quase reagiam de imediato, após uma perda de bola de Tomás Lemos, que deixou Salvador Vilcu isolado, mas este não conseguiu bater João Paulo, que defendeu com segurança. Os Reformados responderam com perigo, quando Gonçalo Prata ofereceu de bandeja para André Estorninho, que rematou forte, mas à figura do guarda-redes.
Na segunda parte, o domínio mantinha-se, e João Novo, numa arrancada desenfreada pela direita, deixou vários adversários para trás antes de rematar, mas atirou longe da baliza. Foi então que os Gullit encontraram forças para empatar: após canto, a bola sobrou para Miguel Monteiro, que disparou um remate de fora de área levantar a bancada para o 1-1. Mas a resposta dos Reformados foi imediata. Logo no minuto seguinte, Rodrigo Oliveira ganhou nas costas da defesa, e na tentativa de fintar o guarda redes Carlos Saraiva, o mesmo, cometeu penálti. O próprio Rodrigo voltou a assumir a cobrança e, com categoria, bisou para devolver a vantagem, 2-1. Mesmo em desvantagem, os holandeses não desistiram e chegaram ao empate novamente: João Oliveira, pela esquerda, rematou cruzado com o peito do pé, num lance em que ficou a sensação de que o guarda-redes João Paulo podia ter feito melhor.Até final, os Reformados voltaram a carregar e quase resolveram em definitivo. Rodrigo Oliveira, em noite inspirada, obrigou Carlos Saraiva a uma defesa monumental num livre direto e, já perto do fim, voltou a brilhar com um passe entrelinhas para Gonçalo Prata, que rematou para nova intervenção do guardião adversário.
No apito final, manteve-se o 2-2, resultado que deixa sabor agridoce: os Reformados perdem a chance de igualar os líderes, mas continuam bem posicionados; já os Gullit, apesar de estarem em ultimo lugar, mostraram que ainda têm argumentos para lutar até ao fim.
por Vicente Serrano