Francisco Guerra lidera reviravolta e dá vitória ao Invictus frente ao Panathimankos
Numa partida repleta de intensidade, domínio e reviravolta, o Invictus bateu o Panathimankos por 2-1 num duelo onde o coletivo se sobrepôs às adversidades. A equipa mostrou uma mentalidade forte e uma enorme maturidade tática, conseguindo virar um resultado que chegou a estar desfavorável e somar uma vitória saborosa, impulsionada por uma grande exibição de Francisco Guerra.
O jogo começou com o Invictus a assumir o controlo total das operações. Desde cedo se percebeu qual das formações estava mais confortável em posse e mais perigosa nas aproximações à área. Afonso Meneses foi o primeiro a dar o sinal de perigo: com uma simulação elegante no meio, libertou-se do marcador e rematou com força, obrigando Tiago Saraiva (estrangeiro) a uma intervenção de qualidade. O ritmo mantinha-se elevado, com José Fagulha a ditar o compasso do jogo no meio-campo, alternando passes curtos e combinações rápidas. Numa dessas trocas, encontrou Francisco Guerra, que devolveu de primeira para Fagulha soltar um remate potente, novamente travado pelo guardião adversário. O Panathimankos, apesar de estar a ser dominado, soube aproveitar o espaço que o Invictus deixava nas transições. E foi precisamente numa dessas saídas rápidas que chegou ao golo. Lourenço Silva recebeu ainda no seu meio-campo, arrancou em velocidade, resistiu à pressão de dois adversários e, já dentro da área, finalizou com enorme classe para o 1-0. Um golpe frio num jogo até então controlado pelos azuis, mas que mostrava bem a eficácia dos visitantes.
Na segunda parte, o Invictus manteve a postura agressiva e acabou por colher frutos do seu futebol ofensivo. A jogada começou nos pés do defesa Miguel Epifânio que subiu com confiança pela faixa direita e cruzou tenso para a pequena área, onde Francisco Guerra apareceu no momento certo para encostar e empatar o marcador, devolvendo justiça ao resultado. O golo galvanizou ainda mais a equipa, que se lançou em busca da reviravolta. Miguel esteve perto de a consumar num canto confuso dentro da área, onde o guardião brilhou com mais uma defesa apertada, e logo depois Fagulha tentou a sorte de longe, mas o remate saiu por cima. O Panathimankos ainda assustou num lance improvável — Tiago Saraiva, com um pontapé longo desde a sua baliza, encontrou Lourenço Silva em zona ofensiva, e o avançado, de cabeça, tentou um chapéu artístico que quase surpreendeu o guardião do Invictus. Mas quem não marca, sofre. Já perto do final, numa jogada exemplar de entendimento coletivo, a bola circulou de pé em pé até chegar a Francisco Guerra, que, num gesto técnico sublime, colocou a bola no ângulo e selou a reviravolta com o segundo golo da conta pessoal.
Com este triunfo por 2-1, o Invictus demonstrou personalidade e qualidade de jogo, impondo-se com categoria perante um adversário perigoso.
por Rodrigo Nunes