P’Mouth bate Jupiter no limite!
Num duelo absolutamente frenético e imprevisível, o P’Mouth recebeu e venceu o Jupiter por 2-1. O encontro ficou marcado pela elevada intensidade, abundância de oportunidades de parte a parte e uma constante sensação de que o desfecho poderia ter sido favorável a qualquer um dos lados.
Entrada a todo o gás das duas formações no CIF com o Jupiter a alterar a abordagem muitas vezes vista no passado e a assumir uma pressão alta que complicou as intenções dos ingleses. O primeiro quarto do jogo caraterizou-se por muitos duelos, pouco espaço dado de parte a parte e poucas oportunidades. O primeiro aviso seria, provavelmente, a maior oportunidade do encontro: Guilherme Caetano surgiu descaido pela esquerda e trabalhou sobre a defensiva; centrou para a área e José Sá apareceu completamente sozinho ao segundo poste; o médio, porém, com a baliza escancarada, acabou por enviar o esférico ao poste e deixar calafrios! Logo a seguir, o Jupiter voltou a estar muito perto de inaugurar o marcador: grande iniciativa individual de Mike San Payo a tirar a marcação da frente e a encarar a baliza; o ponta finalizou forte mas Bernardo Pile fez uma mancha magnífica e evitou o pior. Os avisos do Jupiter iriam acordar o P’Mouth que, ao seu estilo, teve a melhor fase do encontro e encostou a turma de Tiago Sequeira às cordas. Até ao intervalo, as chances dos ingleses multiplicaram-se e só um António Pignatelli de outro mundo evitou que os azuis fossem em vantagem para o descanso. Primeiro foi Francisco Pignatelli a responder ao centro tenso de António Costa Quinta e, à boca da baliza, a ver o golo negado por uma defesa monstruosa de Pigna! Depois foi Francisco Batista a trabalhar pela asa esquerda e a rematar fortíssimo para defesa apertada do guardião. Por fim, Quinta fez uso do pé esquerdo para cortar para dentro e atirar com violência ao poste! Apitava o juiz para o intervalo com 0-0.
A segunda parte não podia ter começado melhor para os da casa. Quinta fugiu pela direita e procurou o cruzamento; Pigna acabaria por desviar a bola que, caprichosamente, embateu em Rodrigo Ruxa e deu auto-golo! 1-0 num momento de muito pouca sorte para o lateral do Jupiter. O golo dos ingleses obrigou o Jupiter a ir em busca de mudança no momentum e o que se seguiu foi a melhor fase dos visitantes no encontro. Volvidos cerca de 10 minutos da segunda parte, um ataque rápido encontrou Mike San Payo na direita; o ponta ganhou a frente e rematou fortíssimo à barra; na recarga, José Sá viu um corte providencial negar o golo em cima da linha; o médio ganhou o ressalto seguinte e tocou de calcanhar para o aparecimento de Zé Maria Maya Seco que, sem cerimónias, fuzilou para o 1-1! Estava feita a igualdade. O Jupiter não se contentava e prosseguia a busca pela vitória, com mais oportunidades de perigo máximo a seguir-se. Na sequência de um canto, um desvio ao primeiro poste fez o esférico chegar a Ricardo Mil-Homens que, sem marcação, acabaria por rematar enroscado ao lado! Tinha tudo para fazer o golo! Pouco depois, contra ataque lançado por Duarte Cruz na busca de Zé Maria que encarou Pile mas viu o guardião fazer uma grande defesa e impedir a remontada. O P’Mouth sentia o perigo e procurava levar o jogo para um ritmo mais favorável. A caminho do final, a turma de Manel Gil Almeida retomou o controlo e conseguiu mesmo o golo da vitória: Pignatelli foi descoberto na esquerda e aproveitou o espaço concedido para progredir, puxar para dentro e rematar rasteiro para o 2-1! Mais uma vez o avançado a mostrar-se nos grandes momentos e a decidir um encontro de 50/50! Até ao apito final, o Jupiter teve em San Payo a última oportunidade quando este correspondeu a cruzamento de Mil-Homens com um cabeceamento a passar perto da baliza. O P’Mouth ainda podia ter fechado o encontro com Quinta a aparecer no 1x0 com Pignatelli mas a ver o keeper levar a melhor novamente.
Apito final no CIF com vitória inglesa por 2-1 num duelo de grande nível. Os britânicos seguem invictos para o campeonato e o Jupiter ocupa agora a quarta posição.
por Pedro Chantre