Laranja Mecânica 5-4 FC Atouca – Futebol Total Num Jogo de Loucos
Num dos jogos mais emocionantes da jornada, a Laranja Mecânica e o FC Atouca protagonizaram um verdadeiro festival de futebol, golos e reviravoltas. O marcador final de 5-4 a favor da equipa da casa espelha bem a intensidade e imprevisibilidade de uma partida onde tudo parecia possível até ao último segundo.
O encontro arrancou com ritmo alto e logo nos minutos iniciais o FC Atouca mostrou intenção de surpreender. Num contra-ataque rápido, Martim Malato recebeu um passe longo e rematou com perigo, mas viu David Deus corresponder com uma excelente defesa. A Laranja Mecânica respondeu com um dos seus pontos fortes: os lances de bola parada. Pedro Branca, no coração da área, cabeceou após lançamento lateral, obrigando Hugo Martins a uma intervenção segura. Os visitantes voltaram a ameaçar, com Gonçalo Torrão a desequilibrar no meio campo e a lançar André Alvega, que rematou com perigo, mas ao lado. Foi então que surgiu o primeiro golo do encontro: cruzamento bem medido para o segundo poste, onde Martim Serradas, com grande visão, assistiu de primeira Pedro Branca, que cabeceou certeiro para o 1-0.
A segunda parte começou como a primeira acabou — com golos. Logo a abrir, Guilherme Cadete encontrou Pedro Branca na entrada da área e o avançado não perdoou, fazendo o 2-0 com grande classe. Pouco depois, a dupla inverteu os papéis: Pedro Branca assistiu e Cadete, com um remate de fora da área, assinou um belo golo para o 3-0. Parecia que a Laranja Mecânica tinha o jogo controlado, mas o FC Atouca não baixou os braços. Pedro Belo, num remate potente de longa distância, reduziu para 3-1, num golo de levantar o estádio. A resposta da casa foi imediata. Pedro Branca voltou a fazer a diferença, desta vez a lançar Martim Serradas, que não tremeu frente a Hugo Martins e fez o 4-1. No entanto, o Atouca mostrava resiliência e reduziu logo de seguida: Francisco Pinheiro conduziu pela direita e assistiu Pedro Belo, que encostou de primeira para o 4-2. Já nos instantes finais, o Atouca carregava com tudo e conseguiu o 4-3, novamente por Pedro Belo, que ficou isolado após contra-ataque rápido e finalizou com frieza, completando o hat-trick. E o inesperado aconteceu mesmo: um autogolo infeliz de Cadete colocou o resultado em 4-4 e parecia selar um empate heróico dos visitantes. Mas este jogo ainda tinha mais uma página por escrever. Num livre lateral estudado ao pormenor, Salvador Barroso serviu Guilherme Cadete, que de fora da área soltou um remate fulminante, redimindo-se do autogolo e selando o 5-4 final, num golo que pôs termo a um dos encontros mais dramáticos da temporada.
por Miguel Costa