Fassuogolo deslumbra com exibição de luxo e goleia Metz lá Dentro
Num embate onde o futebol de qualidade imperou, o Fassuogolo deu um verdadeiro recital de eficácia e classe, vencendo de forma clara e imponente o Metz lá Dentro por 4-0. A partida começou equilibrada, com ambas as formações a apostarem num futebol apoiado, de troca curta e com movimentos bem ensaiados, mas foi a formação de roxo quem brilhou com um jogo envolvente e letal nas zonas de decisão.
A intensidade era altíssima desde o apito inicial, e o primeiro golo surgiu com naturalidade para o Fassuogolo, fruto de uma jogada coletiva irrepreensível. Salvador Begonha, Miguel Martins e António Lamy combinaram de forma brilhante no coração do terreno, com passes de primeira que rasgaram a organização defensiva do Metz. Lamy, lançado na cara do guarda-redes, manteve a frieza e finalizou com classe ao canto, sem hipótese para o adversário, inaugurando o marcador com justiça. Embalado pelo golo, o Fassuogolo quase aumentava a vantagem pouco depois, numa jogada de transição rapidíssima que começou ainda perto da área defensiva. Miguel Rocha, com um passe teleguiado de pé esquerdo, lançou Miguel Martins para as costas da defesa. O avançado ainda conseguiu desviar a bola com classe, mas o ângulo era apertado e a bola passou a rasar o poste. Já perto do intervalo, a equipa roxa voltaria a festejar num dos momentos mais mágicos da noite. Diogo Nunes, com frieza e precisão, marcou um golo olímpico ao bater diretamente um canto para o fundo das redes, surpreendendo tudo e todos. Um gesto técnico de alto nível que fez o 2-0 e levou o Fassuogolo em vantagem confortável para os balneários.
Na segunda parte, o Metz lá Dentro mostrou outra cara. A equipa entrou com mais garra, atitude e determinação, assumindo o jogo e encostando o Fassuogolo à sua área. Carlos Barata foi dos mais inconformados e, numa boa movimentação pelo corredor direito, disparou cruzado num remate que passou perto do poste. O Metz pressionava, controlava, empurrava o adversário para trás, mas pecava no último terço — demasiado preciosismo, muitos passes e fintas quando o remate era o caminho mais simples. Essa ineficácia acabaria por ser castigada. Contra a corrente do jogo, Diogo Nunes voltaria a deixar a sua marca com um golo de levantar qualquer estádio. Já perto do meio-campo, o extremo não hesitou e disparou com potência e colocação, num verdadeiro míssil que só parou no fundo das redes. Um golo fantástico que fez o 3-0 e selou, na prática, o desfecho da partida. A cereja no topo do bolo chegaria já perto do fim, numa jogada rápida em que Martim Amaral rasgou a defesa do Metz com um passe primoroso e deixou Diogo Nunes isolado. O camisola roxa desviou do guarda-redes com classe e assinou o seu hat-trick pessoal, colocando o resultado final em 4-0.
Com esta vitória, o Fassuogolo confirmou ser uma equipa letal, madura e de grande talento coletivo. Já o Metz, apesar da boa atitude na segunda parte, pagou caro a falta de objetividade no ataque. Uma noite em que a classe se impôs ao esforço.
por Rodrigo Nunes