Flamentejo aproveita as condições adversas e vence Estrasburgo na fase de grupos da Taça
Numa noite chuvosa, com o relvado pesado e traiçoeiro, o Flamentejo soube adaptar-se melhor às circunstâncias e venceu o Estrasburgo por 2-1, num jogo de luta, resiliência e eficácia nos momentos decisivos.
Com o campo alagado e a bola a travar em certas zonas, ambas as equipas optaram por um jogo mais direto, privilegiando bolas longas e duelos físicos no meio-campo. A posse de bola tornava-se um luxo e as oportunidades escasseavam. A primeira ocasião pertenceu ao Estrasburgo, quando Pedro Mello Vieira, de longe, tentou um remate colocado, mas sem força suficiente para surpreender o guarda-redes do Flamentejo, que agarrou com tranquilidade. A resposta dos visitantes veio pouco depois, num livre indireto batido com potência por Daniel Pinto, mas a barreira azul esteve atenta e bloqueou o remate, evitando perigo para a sua baliza. O primeiro tempo encerrou com muito duelo aéreo, pouca criatividade e a sensação de que quem conseguisse marcar primeiro teria uma grande vantagem.
A segunda parte trouxe mais intensidade e finalmente golos. O Flamentejo, mais rápido a adaptar-se ao relvado pesado, encontrou o caminho do golo numa jogada individual brilhante de Luís Lucas. O extremo, com um toque de classe, puxou a bola para dentro e, de pé esquerdo, desenhou um arco perfeito que encontrou o canto superior da baliza, sem hipótese para o guarda-redes do Estrasburgo. 1-0 para os visitantes. O Estrasburgo tentou responder e o mais inconformado era Pedro Mello Vieira, que voltava a ameaçar a baliza adversária. Desta vez, numa jogada pelo lado esquerdo, puxou para o meio e tentou o remate colocado, mas o guarda-redes do Flamentejo estava atento e afastou o perigo. Quando os anfitriões pareciam ganhar algum ascendente, o Flamentejo aproveitou um contra-ataque mortífero para dilatar a vantagem. João Macau, lançado em profundidade, encontrou apenas um defesa pela frente, trabalhou bem no um-para-um e, com um gesto técnico refinado, picou a bola por cima do guarda-redes, assinando um golo de grande qualidade e estabelecendo o 2-0. Já nos instantes finais, quando o Flamentejo parecia encaminhado para uma vitória tranquila, Pedro Mello Vieira decidiu brindar os adeptos com um momento de magia. De longe, com a bola ainda no ar, disparou um remate forte e tenso, que se aninhou no canto da baliza, deixando o guarda-redes adversário pregado ao relvado. Um golaço, mas que acabou por ser insuficiente para evitar a derrota.
O Flamentejo soube adaptar-se melhor ao campo pesado e ao futebol direto, aproveitando bem as oportunidades para somar os três pontos nesta fase de grupos da Taça. O Estrasburgo, apesar da luta, pagou caro pela falta de eficácia e pela exposição ao contra-ataque.
por Rodrigo Nunes
por Francisco Garcia