Sociedade R. resiste à pressão do Cergalense e arranca ponto precioso numa batalha intensa!
À entrada para a 11.ª jornada, o Sociedade R. trazia o peso da lanterna vermelha, mas também a ambição de quem acredita que ainda há tempo para mudar o rumo da história. Do outro lado, um Cergalense motivado e a querer manter o embalo. O cenário estava montado para um confronto de forças opostas — e que espetáculo nos ofereceram!
Logo nos minutos iniciais, a partida incendiou-se. Um livre do meio-campo batido com brutalidade por Afonso Sousa surpreendeu tudo e todos. Duarte Nabais (estrangeiro), guarda-redes do Cergalense, não conseguiu segurar a bola traiçoeira, e Martim Nobre, sempre atento, empurrou para o fundo das redes. Estava feito o golo (0-1)! Pouco depois, um lance digno de destaque: arrancada imparável de Afonso Sousa, que atirou contra um defesa. A bola sobrou para José Lima, que disparou com tudo... diretamente na cara do guarda-redes! E, no meio da confusão, mais uma recarga falhada. O golo não surgiu, mas a emoção foi total. O Cergalense respondeu à altura. Francisco Andion teve nos pés a oportunidade do empate num livre frontal, mas Ricardo Magalhães, guarda-redes estrangeiro do Sociedade R., mostrou segurança e manteve a vantagem. Até ao intervalo, o ritmo manteve-se alto, mas sem novas ocasiões claras.
Na segunda parte, as emoções voltaram com tudo. O Sociedade R. continuava destemido, e Afonso Sousa voltou a brilhar com uma arrancada individual soberba, culminada num remate que passou a rasar o poste. Aviso sério. A pressão do Cergalense intensificava-se, e acabou por surgir um penálti a seu favor após mão na bola dentro da área. Francisco Andion assumiu a responsabilidade, mas Ricardo Magalhães brilhou e defendeu. No entanto, Pedro Leão estava no sítio certo e empurrou na recarga, repondo a igualdade (1-1). Mas o jogo estava longe de acabar. Francisco Andion voltou a ameaçar com um remate perigoso, e na resposta, Afonso Sousa, endiabrado durante todo o encontro, arrancou nova falta — desta vez, dentro da área. Penálti para o Sociedade R.! Sousa quis assumir, mas Duarte Nabais (estrangeiro) redimiu-se com uma defesa espetacular com o pé, mantendo o empate. O jogo ficou eletrizante, com perigo constante em ambas as áreas. O Cergalense, empurrado pelos seus adeptos, tentou de tudo até ao fim, mas o bloco defensivo do Sociedade R. foi uma muralha. Ricardo Magalhães esteve imperial, e a equipa visitante saiu com um ponto que sabe a ouro.
Empate a uma bola, mas jogo de Champions. Duas equipas que deixaram tudo em campo, num duelo vibrante onde a luta, a emoção e o coração foram os verdadeiros protagonistas.
por Duarte Almeida