Vitória pela margem mínima que sabe a pouco à equipa do Vasco
Num jogo recheado de oportunidades e marcado pela superioridade ofensiva do Vasco da Grama, a equipa da casa conseguiu uma vitória por 1 x 0 sobre o AFC Bodycount, ainda que o resultado pudesse ter sido mais dilatado, não fosse a falta de eficácia e as defesas decisivas do guarda-redes Tomás Gonçalves.
A equipa do Vasco entrou forte e logo nos primeiros minutos criou uma excelente oportunidade por Rodrigo Teles, num arranque impressionante pelo flanco direito, cruzou para Filipe Oliveira, que, isolado, rematou forte mas o guarda-redes do AFC, Tomás Gonçalves, fez uma defesa espetacular, desviando a bola para a trave. A resposta do AFC veio logo a seguir, com um duelo entre Mesut Valmy e o guarda-redes do Vasco, Miguel Veríssimo, que foi superior e conseguiu evitar o golo.O jogo seguiu equilibrado até ao meio da primeira parte, com ambas as equipas bem encaixadas taticamente. Contudo, o Vasco mostrava uma ligeira superioridade, criando mais lances de perigo. Rodrigo Teles tentou também a sua sorte com um remate de longe, mas a bola foi à figura do guarda-redes. Teles era o jogador mais perigoso do Vasco até ao momento e voltou a criar perigo, novamente pelo flanco direito, com um remate cruzado que exigiu uma defesa espetacular de Tomás Gonçalves.A insistência do Vasco acabou por ser recompensada. Após um canto, a bola chegou aos pés de Teles, que fez um passe rasteiro tenso para a pequena área, onde Filipe Oliveira, de carrinho, empurrou para o fundo das redes, inaugurando o marcador para a equipa da casa.O AFC Bodycount tentou responder com um remate de Walter Fernandes de pé esquerdo, mas o remate saiu prensado e não teve força suficiente para surpreender Miguel Veríssimo. O Vasco manteve a pressão e, minutos depois,Filipe Oliveira voltou a estar perto de marcar. Num remate potente de fora da área, a bola bateu com estrondo no poste no que teria sido um golo lindíssimo. Miguel Veríssimo destacava-se ao longo do jogo não só pela segurança na baliza, mas também pelo seu excelente jogo de pés, sendo a primeira unidade de construção da equipa do Vasco quebrando muitas vezes a primeira linha de pressão com a sua capacidade de passe e garantindo também o controlo da profundidade. Esta versatilidade mostrou-se crucial no estilo de jogo do Vasco.Antes do intervalo, Filipe Oliveira teve uma nova oportunidade dentro da área, mas o guarda-redes Tomás Gonçalves brilhou mais uma vez, desviando a bola contra o poste e impedindo o segundo golo do Vasco da Grama. Num lance surpreendente, Miguel Veríssimo avançou até ao meio-campo e rematou forte, obrigando Tomás Gonçalves a mais uma defesa difícil, mantendo o AFC Bodycount na partida com a desvantagem mínima.
Na segunda parte, o Vasco voltou determinado a ampliar o resultado. Gonçalo Abril, isolado pelo lado esquerdo, tentou um remate cruzado, mas a bola saiu longe da baliza. O Vasco desperdiçava várias oportunidades, e o AFC desta forma continuava a sonhar com algo mais,mantendo a esperança num possível empate. O AFC tentou responder num livre frontal cobrado por Valmy, que passou ligeiramente por cima da trave, levando algum perigo à baliza de Miguel Veríssimo. Pouco depois, Gonçalo Abril descobriu Francisco Soares à frente da área, e o remate desviado deu sensação de golo, mas acabou por passar a centímetros da trave.O AFC Bodycount intensificou a pressão, e Walter rematou com perigo, obrigando Miguel Veríssimo a uma defesa para canto. Numa carambola dentro da área do AFC, a bola sobrou para Francisco Soares, que rematou com muita força, mas o guarda-redes Tomás Gonçalves evitou mais uma vez o golo. Num livre frontal, Miguel Veríssimo mostrou a sua qualidade com os pés, ao bater uma bola potente junto ao poste que Tomás Gonçalves defendeu neste novo duelo de guarda-redes. De seguida, Francisco Soares teve nova oportunidade de livre, e, na recarga, Filipe Oliveira falhou um golo quase dado dentro da pequena área, com a bola a passar muito perto do poste, frustrando a equipa do Vasco que continuava a desperdiçar várias oportunidades de golo. Nos últimos minutos, Filipe Oliveira tentou ainda uma finalização acrobática após um livre lateral bem batido por Rodrigo Teles, mas falhou a bola à frente da baliza. Gonçalo Abril antes do apito final começou um ataque bem construído que terminou com Rodrigo Teles no flanco direito, mas o remate acabou por sair por cima da baliza.
Apesar do domínio e das várias oportunidades, o Vasco acabou com uma vitória pela margem mínima. Filipe Oliveira e Rodrigo Teles foram os principais criadores de perigo, enquanto Miguel Veríssimo mostrou-se essencial tanto na baliza como no apoio ofensivo. Já Tomás Gonçalves, guarda-redes do AFC Bodycount, foi o grande responsável pela resistência da sua equipa, protagonizando uma série de defesas cruciais que impediram um resultado mais dilatado. Foi uma vitória suada, mas merecida para o Vasco, que controlou grande parte do jogo e mostrou um futebol mais consistente e ofensivo.
por Pedro Chantre