Emoção até ao fim!
Duelo muito interessante entre duas equipas que militaram em divisões distintas na época anterior com desfecho positivo para a histórica formação do bigode. De cara lavada, os azuis trouxeram de volta as ‘velhas glórias’ do clube e conseguiram derrotar o mais uma vez fortíssimo Elson, depois de se encontrarem a perder por 3-1.
O jogo começou a todo o gás e por duas vezes a Fiorenteta a ficar perto do golo. Primeiro Elson e depois Puerta a ficarem perto, mas duas boas intervenções do guarda-redes adiaram o primeiro golo no jogo. A primeira grande situação surgiu, porém, na baliza contrária. Foi João Vieira, que numa espécie de remate à meia volta surge a enviar a bola violentamente contra o travessão. 0-0 na partida. O primeiro golo acaba mesmo por surgir instantes depois. Assistência bem medida de Vieira, e na boca da área Esteves acaba por, com arte, desviar a bola do guarda-redes. Remate em jeito para o fundo da baliza. 1-0 no marcador e é aqui que surge o furacão Elson. Primeiro, e após receber uma bola ainda no seu meio-campo, o médio a rasgar a partir da direita, deixando tudo e todos para trás, e ao chegar ao guarda-redes fez um remate colocado para a malha lateral interior. Golaço do avançado, que após fazer o 2-1 num penalty ganho por Puerta, decidiu juntar mais um aos golos da semana após a marcação de um livre directo igual ao que tinha feito na primeira jornada. Tomahawk, bola no meio da baliza e guarda-redes sem hipótese. Estava feita a cambalhota no marcador em poucos minutos, e agora com vantagem confortável para os italianos. Fomos para intervalo assim, e na segunda parte assistimos a uma reacção dos Moustaches, que entraram muito fortes, e aproveitaram a sua dinâmica colectiva para passar a controlar as operações. A espaços tiveram de lidar com Elson, mas apesar disso, a equipa apresentou-se muito bem estruturada e com grande nível de jogo. O 3-2 surge após cruzamento de Rodolfo para a área, o guarda-redes embrulha-se com o primeiro avançado e aí surge Nuno Gomes a empurrar a bola para o fundo das redes contrárias. O golo do empate surge após um trabalho à Agüero de João Vieira. Livre ainda no seu meio-campo, bola bombeada e o avançado a proteger a bola do defesa, impedindo que este tocasse na bola numa rotação que simultaneamente o deixou na cara do golo. Aí foi uma formalidade, e o guarda-redes nada pode fazer. Com o jogo empatado, Elson teve o golo nos pés, e mesmo depois de sentar o defesa foi incapaz de bater o guardião, que fez uma defesa monstruosa, essencial para o desfecho da partida. Isto porque segundos depois, Fred Nunes fez o 4-3. Grande tabela entre o médio e Rodolfo, com o primeiro a ficar na cara do guarda-redes após toque de calcanhar, e à saída do guarda-redes, o médio a contemporizar, e a esperar que o guarda-redes fosse ao chão para se limitar a encostar a bola para o fundo da baliza. Grande jogo no CIF com várias reviravoltas, e bom prenúncio para os Moustaches, que nesta época resolveram trazer de volta as velhas glórias, dando-se bem no primeiro jogo disputado nesses moldes.
Crónica de Afonso Cabral
por Organização Allstars