Marcar e saber sofrer
Jardim do Éder marcou nos momentos certos e contou com a inspiração de Saiming na baliza. Entrada na Taça com o pé direito.
O Jardim do Éder não precisou de muito tempo para dar a primeira bicada no Unreal Madrid. A equipa aproveitou um penálti para se adiantar no marcador, por Luís Nobre Guedes. A confiança era visível nos jogadores do Jardim que mostravam segurança com bola, apesar de não se aventurarem muito junto da baliza adversária. A gestão do jogo teve um efeito positivo nos primeiros 10, 15 minutos, mas depois a equipa do Unreal Madrid reagiu.
O primeiro esboço da reação surgiu por Gonçalo Soares, que obrigou Saiming a uma grande defesa, e o golo do empate acabou mesmo por aparecer. Pedro Almaça pegou na bola, tirou adversários do caminho e abriu espaço para Miguel Ferreira fazer o 1-1. Logo de seguida,Francisco Guiomar ameaçou a reviravolta, de cabeça, numa altura em que o Unreal estava por cima e o Jardim apresentava mais dificuldades em suster a pressão.
Na segunda parte, o Jardim voltou a entrar mais forte e só não chegou ao 2-1, logo nos instantes iniciais, porque Almaça tirou o golo a João Melo com um corte espetacular. O equilíbrio no jogo traduziu-se na divisão de oportunidades de golo até que o Jardim do Éder voltou a ser mais eficaz. Jaime Reis (estrangeiro) apareceu solto em posição ideal para marcar o golo que viria a dar os três pontos à equipa. Trazer esses pontos para casa revelou-se uma tarefa muito difícil para o Jardim que bem pode agradecer ao guarda-redes Saiming. Três defesas fundamentais evitaram um resultado diferente que castiga (de que maneira) a falta de frieza do Unreal em zonas de finalização. O desperdício de José Neto, que falhou o golo mesmo à boca da baliza, é um exemplo de que a noite não era da equipa espanhola que, assim, entra a perder nesta edição da Taça.
por João Pedro Oca