Qualidade individual vs qualidade colectiva leva à divisão de pontos!
A primeira jornada da DA opôs o 5º e o 3º classificado da época passada. O equilíbrio era a nota dominante prévia deste encontro, que se foi concretizando com o seu desenrolar. Os Magos vinham na máxima força, com 11 opções disponíveis. Já os Hammers viam-se privados de alguns dos seus jogadores incluindo o seu capitão Gonçalo Peixe, tendo de recorrer à utilização de dois estrangeiros.
O jogo começou com as equipas a estudarem-se mutuamente e foram precisos alguns minutos até que um pontapé de Martim Peixe para a área contrária fizesse surgir o primeiro remate perigoso. Foi um volley de Pedro Melo que aproveitou o corte defeituoso do defesa. No entanto, a bola saiu um pouco por cima. Logo de seguida, uma excelente triangulação no ataque dos Hammers, com Jaças a fazer o passe vertical para Pedro Melo, que de primeira lança Manel Dias que remata cruzado ao lado, mas muito próximo da baliza. Começou aqui a aparecer o guarda-redes dos Magos Bernardo Esteves, muito lesto a defender uma segunda tentativa de Manel Dias na jogada seguinte. Os Magos tentaram-se encontrar e após um passe longo da direita de Inho, João Rocha e Brito tentou o volley, mas a bola saiu um pouco por cima. Se na primeira parte houve sinal mais para os Hammers, a segunda não começou diferente: Pedro Melo vs Bernardo com o guarda-redes a levar a melhor numa dupla intervenção extraordinária. Nota para o nó cego de Pedro Melo que lhe permitiu ficar em situação de remate. Se os Hammers pareciam até ao momento uma equipa equilibrada, convém não se desconsiderar a qualidade individual dos Magos. O primeiro aviso foi dado por Inho num espontâneo pontapé de bicicleta que obrigou Martim a defender para canto, e logo a seguir o génio individual da equipa dos Magos a vir ao de cima. Pelo chão não estava a resultar e Tiago Morgadinho descobriu num passe muito longo Ramalho ao segundo poste que com muita classe tocou de cabeça para o outro poste onde apareceu Brito a finalizar sem dificuldade. 1x0 para os Magos numa excelente jogada de futebol. Após alguns minutos em que os Hammers subiram as linhas na busca do empate surgiu um canto na direita que Pedro Justo bateu para o golo de cabeça do inevitável Rafa. Mais um golo de cabeça do central. Até final duas boas oportunidades para Pedro Justo, que viu um quase intransponível Bernardo negar-lhe o golo, e destaque ainda para a arrancada de Tiago Morgadinho que veio desde a sua área até à área contrária e rematou de pé esquerdo um pouco ao lado. Nota ainda para o corte em cima da linha de um defesa dos Magos no último lance do jogo, após cabeceamento de Tomás na sequência de um canto batido ao segundo poste.
O empate nunca satisfaz ninguém, mas os Magos saem deste jogo em dívida para com o seu guarda-redes. Sem ser espectacular nas suas ações, mostrou-se sempre uma barreira intransponível. Os Hammers pareceram mais coesos enquanto equipa e os Magos a viver de rasgos individuais de jogadores como Inho e João Brito para desequilibrarem o adversário.
Crónica de Afonso Cabral
por Organização Allstars