Bro Tá Fogo e Celta de Bica empatam numa segunda parte de loucos!
As duas formações da C3 defrontaram-se pela primeira vez e quiseram impor o seu futebol, indo sempre em busca dos três pontos. O desfecho acabaria por resultar num ponto para cada lado, numa partida em que tudo podia ter acontecido.
As duas equipas quiseram deixar avisos bem cedo na partida, mas ambos a falharem o alvo. Primeiro foi o Bro Tá Fogo por Pedro Anahory, que recebeu com o peito e rematou em volley, mas por cima. Em resposta, jogada pela direita do Celta a terminar à entrada da área em Francisco Martins, que rematou na passada, mas ao lado. Alguns minutos depois, Gustavo Silveira tentou a sua sorte de livre direto, mas o remate sobrevoou a baliza defendida por João Serras de Sousa. O primeiro tempo teve pouco para contar, com as duas formações a dividirem muito a posse de bola e com dificuldades em criar oportunidades claras de golo, ainda assim, isso não impediu o surgimento do golo inaugural na sequência de uma bola colocada nas costas da defensiva do Bro Tá Fogo, onde surgiu Francisco Jesus para finalizar com frieza e desviar a bola do keeper!
O apito soou para o início do segundo tempo e nos primeiros minutos do mesmo, parecia ser o Celta a estar mais perto de dilatar do que de sofrer o empate: o primeiro aviso surgiu após saída de João Serras a controlar a profundidade, a bola ainda sobrou para Vasco Simões que tentou o chapéu, mas Serras esticou os braços para defender. Pouco depois, Francisco Madureira surgiu descaído para a direita e rematou cruzado, por pouco ao lado do alvo. O Bro Tá Fogo conseguiu finalmente reagir, com Manuel Sampaio a pegar no esférico e a conduzir em pezinhos de lã até à área contrária, acabando por rematar à queima-roupa para intervenção atenta de Pedro Zenário. Em seguida, bola jogada na frente em Anahory, que fez a receção orientada para ficar de frente para a baliza, soltou à esquerda em Sampaio e o médio rapidamente devolveu no interior da área para o dianteiro, que num toque em esforço conseguiu colocar a bola no fundo das redes e restabelecer a igualdade! 1-1! Galvanizado com o golo do empate, o Bro Tá Fogo rapidamente confirmou a reviravolta num lance genial de Gonçalo Marques de Almeida (estrangeiro) pelo corredor direito: o criativo recebeu à direita, fez um túnel fenomenal a um adversário, levou até à linha de fundo e colocou rasteiro no interior da área em Sampaio, que encostou para o fundo das redes! Ainda assim, a vantagem foi muito pouco duradoura e o Celta de Bica respondeu da melhor maneira possível: bola à direita até Madureira, que desta feita mediu bem o remate cruzado e colocou a bola no canto inferior mais distante! 2-2! O jogo ia ficando cada vez mais partido, dado o desejo de ambas as equipas em vencer. O próximo aviso resultou de um lançamento longo de Rodrigo Santos (estrangeiro), ao qual ninguém correspondeu, e a bola terminou ao segundo poste em Manel Fernandes, que rematou com a parte exterior do pé para defesa atenta de Zenário. Assistir-se-ia a nova reviravolta no marcador pouco depois. Madureira cobrou um canto para o segundo poste, onde surgiu José Craveiro para o desvio, acabando por assistir Chico Martins para um toque à queima-roupa, que devolveu assim a vantagem ao Celta de Bica! Mas num jogo a este ritmo, não foi de estranhar a resposta supersónica do Bro Tá Fogo, que já com pouco tempo para jogar, fez o 3-3 na sequência de um golo do inevitável Rodrigo Santos!
As formações dividiriam mesmo os pontos neste jogo impróprio para cardíacos. Resta dar os parabéns a ambos os lados, pelo bom futebol praticado, e pela postura adotada, em que se notou veemente a vontade de vencer o jogo.
por Henrique Barrosa