Reviravolta de campeão!
Depois de ter sofrido um golo cedo, e de ter estado em desvantagem durante grande parte do jogo, o Baile de Munique puxou dos galões e, ao cair do pano, conseguiu a reviravolta desejada!
Depois da falta de comparência do Xester, os alemães queriam capitalizar e somar mais três pontos. Contudo, Puerta trocou as voltas ao líder, e depois de uma bela recuperação bateu Filipe, fazendo o 1x0. Durante largos minutos, os homens da Baviera não conseguiam furar a aparentemente impenetrável defesa italiana, que se encontrava organizada e não dava um milímetro. Por isso mesmo, os lances de perigo não abundaram. Já quase no intervalo, uma bola longa de Filipe deixou dois companheiros isolados. Zé serviu Eiró mas, isolado, este não foi capaz de bater Miguel. O mesmo Zé dispôs de uma belíssima chance de golo, mas o remate já dentro da área foi bem defendido por Miguel. Com isto, chegava o intervalo, e os italianos lideravam!
No segundo tempo, o jogo abriu, mas os avançados não pareciam inspirados. Os alemães assumiam a posse, enquanto que os italianos declaravam o contra-ataque como arma primordial. Já a meio do segundo tempo, grande penalidade assinalada a favor dos Baile, com Nuno Falcão a bater de pé esquerdo e a não conseguir acertar no alvo, para desespero de Filipe na baliza contrária, que não queria acreditar. Os italianos ameaçaram de bola parada, com Roque a responder bem nas alturas, mas a falhar o alvo por muito pouco. Depois, um trabalho exemplar de Puerta podia ter sentenciado a partida, mas o remate saiu ao poste da baliza de Filipe. A cinco minutos do final, Zé recebeu na esquerda e, à saída de Miguel, bateu por baixo do corpo do keeper e fez o 1x1. Faltava pouco tempo, mas a alma estava lá!! Martim recebeu à entrada da área e, com muitos adversários no caminho, descobriu o espaço para rematar rasteiro, com a bola a entrar na baliza e a festa a soltar-se do lado encarnado!
Apito final do árbitro e, pese embora a vitória, ficou um aviso para a turma de Munique: uma falta de concentração e o trabalho de uma época pode perder-se num instante!
por Manuel Laja