Bayer faz história e estreia-se na final da Taça!
Na segunda meia-final da Taça, voltou a triunfar a equipa da Liga A! Jogando grande parte da partida em superioridade numérica, o Bayer qualificou-se para a final às custas do recentemente coroado bi-campeão da Divisão Allstars!
Partida que começou animada, logo a abrir João Serra fugiu pela esquerda e rematou cruzado ao lado da baliza contrária, e dava um sinal claro: a largura de jogo dos alemães iria colocar problemas aos londrinos. Seria assim que iria surgir o primeiro golo da noite, desta vez com uma jogada do outro lado, Francisco Lopes a desmarcar-se, ficando a defesa a pedir fora de jogo em vez de reagir, assistência de pronto para o coração da área, onde a fazer a diagonal do lado oposto apareceu Serra a “encostar” para o fundo das redes!
Os alemães estavam bem no jogo e continuaram a criar perigo, primeiro um remate de fora da área que passou perto do poste, depois um dos lances capitais do jogo: bola em João Lima do lado esquerdo, fuga em velocidade pelo flanco e entrada dura de Rafael Monteiro, o árbitro foi peremptório e exibiu o cartão encarnado ao defensor dos Hammers.
A terem de refazer o seu plano de jogo, os homens de Gonçalo Peixe foram à procura do prejuízo, e diga-se começaram a ser mais perigosos no ataque do que antes da expulsão. Arriscando e deixando espaço atrás, a primeira ameaça veio depois de uma jogada de Pedro Melo, com o avançado a cruzar e Pedro Justo, pressionado, a desviar com a bola a embater no poste. Depois de meia distância, Justo atirou por cima da trave.
Perto do descanso chegaria o empate, Justo fugiu à defesa e já na área foi carregado em falta por Francisco Xara, quando o guardião tentava tirar a bola aos pés do atacante. Na conversão do castigo máximo, Justo fez o 1x1.
Tudo em aberto para a etapa complementar, com o jogo disputado de igual para igual, pese embora a diferença numérica entre as equipas. E aqui também esteve uma das chaves do jogo, o Bayer não caiu na tentação de arriscar mais por ter mais um elemento, e foi mantendo a equipa sempre equilibrada.
Os encarnados voltaram ao comando do marcador através de João Ramos, remate exterior forte e cruzado fora do alcance de Martim Peixe!
Cabia aos Hammers irem outra vez à procura do prejuízo, e assim o fizeram, mas foram esbarrando na resistência contrária. De bola parada Justo ameaçou, livre que não passou longe da baliza contrária.
A pressão dos martelos era maior, mas de bola corrida tinham dificuldades em criar perigo, e acabava por ser de bola parada, cantos, lançamentos e livres laterais que tentavam o maior perigo, mas os contrários foram respondendo sempre com eficácia. No contra-golpe, o Bayer procurava matar o jogo, e à medida que os Hammers iam arriscando mais, ia valendo Martim, a jogar muito fora da baliza atuando por vezes como verdadeiro “libero”.
O jogo ia caminhando para o seu final, com a pressão dos Hammers à procura do empate mas com o Bayer a defender solidamente. O muro defensivo só tremeu, e rachou sem partir, no último lance do jogo: bola bombeada na área, Melo a conseguir o remate para grande parada de Xara, com o guardião a ganhar o estatuto de herói ao negar a recarga a Melo com nova grande defesa! O apito final não tardaria, o Bayer soltou a festa, chegam pela primeira vez à final da Taça! Agora querem continuar a fazer história!
por Ricardo Solnado